Inovações geoespaciais e de aprendizado de máquina impulsionam o combate global contra o desmatamento e a destruição ambiental, mas requerem investimentos e capacitação adicionais.
O crime contra o meio ambiente representa um obstáculo para a ação climática e a transição verde, prejudicando investimentos em soluções naturais e revertem o desenvolvimento sustentável.
Ao redor do mundo, atividades como apreensão de terras, desmatamento ilegal, mineração ilícita e caça furtiva estão devastando florestas tropicais e minando a biodiversidade. Enfrentar esse desafio é complexo, dadas as limitações logísticas e a presença de crime organizado em vastas áreas geográficas.
No entanto, novas tecnologias estão sendo utilizadas para otimizar a detecção e prevenção do crime ambiental, incluindo análises geoespaciais e aprendizado de máquina. Iniciativas no Brasil, como o MapBiomas e o Amazônia Protege, estão utilizando dados de sensoriamento remoto para monitorar e prever desmatamento e outras atividades ilegais. O uso de ferramentas como o GeoRadar tem sido fundamental para acelerar investigações e processos legais contra crimes ambientais.
Além disso, programas como o Brasil MAIS, apoiados pela Microsoft, estão fornecendo acesso a dados geoespaciais para ajudar na gestão de incêndios e desmatamento. Iniciativas como a PrevisIA e o SeloVerde também estão contribuindo para reduzir o desmatamento, oferecendo previsões e monitoramento em tempo real.
Essas ferramentas, juntamente com outras iniciativas regionais, como o RAMI no Peru e o SAAT no nordeste do país, têm o potencial de transformar a capacidade de combater o crime ambiental em tempo real. No entanto, é necessário investimento adicional para melhorar a qualidade e expandir o uso dessas tecnologias, além de treinamento para capacitar governos e comunidades locais a utilizar essas ferramentas efetivamente.